sábado, 23 de outubro de 2010

Encontro de Utopias

O Encontro de Utopias é um coletivo artístico formado em junho de 2009 e se propõe a discutir com a sociedade a construção de uma nova política cultural, numa postura de não sectarismo, entendendo que o intercâmbio de culturas, opiniões, técnicas e linguagens promovem a tolerância e a formação de opiniões. O sarau é um espaço democrático por excelência, pois não comporta censura, não necessita do crivo da mídia e não reflete interesses de instituições, pois é aberto à vanguarda artística, às manifestações undergrounds e à reflexão individual e coletiva. Consiste num sarau que ocorre regularmente no Bar Pandora, na Praça Roosevelt, no último domingo de cada mês, das 20h às 23h, com microfone aberto as intervenções de linguagens e caminhos artísticos variados, através da palavra, da música, da dança, do teatro, das artes plásticas, performances e manifestações de grupos e movimentos sociais. O sarau também se desloca para outros espaços, como instituições sociais, escolas ou praças, pois acreditamos que é fundamental o respeito à diversidade e toda e qualquer expressão cultural que represente uma legítima aspiração popular. Já nos apresentamos na Fundação Casa, na Praça. Elis Regina (em manifestação contra a extinção da mesma), na Casa de Convivência Restaura-me, na Feira Solidária, na Galeria Olido, no Metrô de São Paulo, na Praça da Sé (no evento Natal Solidário), na Revista Ocas e no Teatro Satyros entre outros.

O Encontro de Utopias acredita que a arte é o mais poderoso instrumento de reflexão e crescimento pessoal e que educação e cultura são as melhores armas de transformação social.
Integram a equipe: Fábio Abramo, Tião Nicomedes, Regina Tieko e outros colaboradores.
Contatos: regina_tieko1@yahoo.com.br – 9717 2176 ou 9123 8652.

Manifesto do Saci - Um espectro ronda a indústria da cultura. Como já ocorrera durante a I Guerra Mundial – quando os chamados “ povos civilizados” se matavam entre si nos campos da Europa, como lembra Monteiro Lobato em seu Inquérito, escrito em 1917 –, o espectro do Saci voltou para dar nó na crina das potências que invadem os outros países com uma “indústria cultural” predadora e orquestrada.

O Saci é reconhecido como uma força da resistência cultural a essa invasão. Na figura simpática e travessa do insigne perneta, esbarram hoje, impotentes, os x-men, os pokemon, os raloins e os jogos de guerra, como esbarravam ontem patos assexuados e ratos com orelhas de canguru.
É tempo, pois, do Saci expor abertamente seus objetivos, lançando um manifesto e denunciando o verdadeiro espectro: o espectro do imperialismo cultural. Para tanto, outros expoentes do imaginário cultural brasileiro – como o Boitatá, a Iara, o Curupira e o Mapinguari – reuniram-se e redigiram o presente manifesto.

A cultura popular é um elemento essencial à identidade de um povo. As tentativas insidiosas de apagar do imaginário do povo brasileiro sua cultura, seus mitos, suas lendas, representam a tentativa de destruir a identidade do nosso país. A história de todas as culturas até hoje existentes é a história de opressores e oprimidos. Hoje, como ontem, o Saci apóia, em qualquer lugar e em qualquer tempo, qualquer iniciativa no sentido de contestar a arrogância, a prepotência e a destruição de que é portadora a indústria cultural do império. O Saci não se reivindica como símbolo único e incontestável da cultura popular brasileira. O Saci trabalha pela união e pelo entendimento das várias iniciativas culturais que devolvam ao nosso povo a valorização de sua identidade cultural. O Saci não dissimula suas opiniões e seus objetivos e proclama, abertamente, que estes só podem ser alcançados por um amplo movimento de resistência cultural, denunciando os malefícios da indústria cultural imperialista. Que ela trema à idéia de uma resistência cultural popular. Nesta, o Saci nada tem a perder a não ser seus grilhões. E tem um mundo a ganhar.

O Autor na Praça e o Encontro de Utopias
Dia 23 de outubro, sábado, a partir das 14h.
Espaço Plínio Marcos - Tenda na Feira de Artes da Praça Benedito Calixto - Pinheiros.
Informações: Edson Lima – 9586 5577 - edsonlima@oautornapraca.com.br
Realização: Edson Lima, Encontro de Utopias e AAPBC.
Apoio: Femina Arte, AEUSP – Associação dos Educadores da USP, Artver, Max Design, Cantinho Português, Jornal da Praça, TV da PRAÇA, Enlace-media.com e Restaurante Consulado Mineiro.

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