sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Dia da Consciência Negra no Afro Brasil

Museu Afro Brasil promove eventos literários na Programação do Mês da Consciência Negra. Grátis. Classificação Livre

Dia 20, será relançada a obra “A Mão Afro Brasileira – Significado da Contribuição Artística e Histórica”, com 868 páginas, em dois volumes, e apresentação assinada por Fernando Henrique Cardoso

O Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura e a Secretaria de Estado da Cultura de São Paulo oferecem uma programação extensa com arte e literatura. Além das 10 exposições simultâneas e um acervo de mais de cinco mil obras o museu terá atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra. Dia 20 de novembro, às 11 horas, será lançada a segunda edição do livro “A Mão Afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica”, organizado pelo artista plástico Emanoel Araujo, atual Diretor-Curador do Museu Afro Brasil. O trabalho maravilhoso resultou em dois volumes com mais 400 páginas, cada uma, e ganhou textos de apresentação do ex-presidente da República, Fernando Henrique Cardoso e do ex-presidente de Portugal, Mario Soares. No dia 23, às 19 horas, em parceria com a Editora Selo Negro lançará três títulos inéditos: “Literatura Negro-brasileira” e “Imprensa Negra no Brasil do século XIX”. Coleção Consciência em Debate; e “João Cândido”, da Coleção Retratos do Brasil Negro.

PROGRAMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA NEGRA – MUSEU AFRO BRASIL:

20/11 – sábado
11:00 – Lançamento do livro – “A Mão Afro-brasileira: significado da contribuição artística e histórica”. Organizado por: Emanoel Araujo. Editora: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo e Museu Afro Brasil (2ª. edição); Páginas: 886 pp (Volume 1: 448 pp; Volume 2: 420 pp); Tiragem: 5.000 ex; Patrocínio: EDP e Ministério da Cultura/Lei de Incentivo à Cultura ; Artistas destacados/nominata: Aleijadinho, Agnaldo Manoel dos Santos, Antônio Bandeira, Arthur Timótheo, Assis Valente, Bauer Sá, Caetano Dias, Carolina Maria de Jesus, Cruz e Souza, Castro Alves, Estevão Silva, Eustáquio Neves, Gonçalves Crespo, Grande Otelo, Haroldo Costa, Heitor dos Prazeres, Izidório Cavalcanti, Jorge dos Anjos, José do Patrocínio, Juliano Moreira, Luiz Gama, Mestre Valentim, Machado de Assis, Maurino Araújo, Mestre Didi, Manuel Querino, Otávio Araújo, Pixinguinha, Rubem Valentim, Rosana. A publicação contém textos, fotos, reproduções e ilustrações que destacam os célebres artistas afro-brasileiros das artes plásticas, do Barroco e do Rococó; da academia do século XIX; e do modernismo e do contemporâneo do Século XX. Trata da música clássica e popular, da caricatura, da corporação, da literatura e da escravidão. São produções artísticas de personagens da história, do passado e do presente. Paulino, Ruth de Souza, Sidney Amaral, Teodoro Sampaio, Yêdamaria, Walter Firmo, Wagner Celestino, etc...
13:00 – Lançamento do livro “Colonos e Quilombolas – Memória Fotográfica das Colônias Africanas de Porto Alegre. Coordenação: Irene Santos. Editora: Nova Letra Gráfica e Editora Ltda de Blumenau. Páginas: 125. Tiragem: 3.000. Colaboração: Cidinha da Silva, Dorvalina Elvira P. Fialho, Vera Daisy Barcellos, Zoravia Bettrol, Sergio dos Santos Jr. e Claudio Etges. Trabalho de pesquisa com registro histórico e fotográfico da vida negra no sul do Brasil, mostrando os territórios urbanos que foram habitados após a abolição da escravatura.
14:00 – Lançamento do livro “Paula Brito – Editor, Poeta e Artífice das Letras”. Coleção Memória Editorial 7. Organização: José de Paula Ramos Junior, Marisa Midori, Plínio Martins Filho. Editora: Edusp/Com-Arte, 2010. Textos: Oswaldo de Camargo e outros. O livro destaca a história do primeiro editor brasileiro, Francisco de Paula Brito (1809-1861), que foi também jornalista, editor, tipógrafo, tradutor de francês, dramaturgo, letrista, contista e um dos iniciadores do movimento editorial no Brasil. Editou cerca de 372 publicações não-periódicas e publicou várias obras de escritores de sua época, entre os quais, Machado de Assis.

23/11 – terça-feira
19:00 - Lançamento dos livros “Literatura negro-brasileira” e “Imprensa negra no Brasil do século XIX”. Coleção Consciência em Debate; e “João Cândido”, da coleção Retratos do Brasil Negro. Editora: Selo Negro. As coleções, coordenadas por Vera Lúcia Benedito, pesquisadora dos movimentos sociais e da diáspora africana, têm como objetivo debater temas prementes da sociedade brasileira e abordar a vida e a obra de figuras fundamentais da cultura, da política e da militância negra. No livro Literatura negro-brasileira, quarto volume da Coleção Consciência em Debate, o escritor e pesquisador Cuti, pseudônimo de Luiz Silva, analisa a participação do negro, como personagem, autor e leitor, na literatura brasileira. No livro Imprensa negra no Brasil do século XIX, também da Coleção Consciência em Debate, a historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto resgata títulos da imprensa negra oitocentista publicados em cidades e períodos diferentes. Pela Coleção Retratos do Brasil Negro, o jornalista Fernando Granato lança a biografia de João Cândido. A obra revela quem foi esse líder negro, que Granato considera o primeiro herói do século XX. Exatamente no ano em que a Revolta da Chibata completa 100 anos, a obra resgata a história do “Almirante Negro”, um símbolo da luta contra a opressão no Brasil.

As Exposições
• Mostra de Arte Contemporânea com Almir Mavignier, Delmar Mavignier e Gerárd Quenum – mostra paralela à 29ª Bienal de São Paulo, com três importantes nomes da arte contemporânea. A exposição apresenta a obra gráfica do artista brasileiro, residente na Alemanha, Almir Mavignier, um dos fundadores do movimento da arte concreta, que esteve por muito tempo ausente dos espaços artísticos do Brasil. Aos 84 anos tem merecido reconhecimento internacional pela grande produção artística e pelos extraordinários cartazes publicados na Europa. Ser um discípulo de Max Bill e sua atuação como professor da escola ULM enriquecem seu extraordinário currículo. Ao lado de suas obras tem nesta mostra as produções de seu filho Delmar Mavignier já consolidado como artista gráfico na Alemanha, onde também reside. Já Gérard Quenum é um dos principais artistas francófonos e representa uma nova geração da arte contemporânea do Benin, que desde o inicio dos anos 90 venceu os limites de África, ganhando a atenção de colecionadores do Ocidente. É uma arte de criação excêntrica onde destaca o singular estilo escultural com objetos reciclados e o uso de bonecas descartadas trabalhadas com misturas de objetos e materiais diversos. Até 05 de dezembro.


• Guernica Esteve Aqui – Com curadoria de Emanoel Araujo, a mostra apresenta duas releituras da mais importante obra do século XX, o painel Guernica, de Pablo Picasso, a mais política de todas de suas obras, já que narra um episódio da guerra Civil Espanhola , quando os alemães bombardearam a pequena cidade de Guernica, 1937. No Museu Afro Brasil a homenagem está na visão contemporânea do artista plástico Fernando Ribeiro e na ampliação do cartaz da exposição da obra em Milão (1953). Desde sua fundação em 23 de outubro de 2004, o Museu Afro Brasil ocupa o imponente Pavilhão Manoel da Nóbrega, o antigo Palácio das Nações, sede da Segunda Bienal Internacional de São Paulo. Um evento que teve a iniciativa do industrial Francisco Matarazzo Sobrinho, que criou este importante evento dedicado às artes plásticas internacionais, atraindo para a capital paulista os olhos do mundo. A Bienal trouxe para o Ibirapuera a obra de Pablo Picasso. Sim, o Guernica esteve aqui, no Palácio das Nações, hoje em exposição no Museu Reina Sofia, em Madrid, depois de longos anos de exílio no Museu de Arte moderna de Nova York. Foi realmente um grande desafio a vinda para a América do Sul da mais importante obra do pintor espanhol. Até 05 de dezembro

• A história do Parque – O IV Centenário - Nas comemorações dos 56 anos do Parque Ibirapuera esta mostra apresenta boa parte dos milhares de objetos produzidos para o IV Centenário de São Paulo, tendo em vista que o próprio Parque foi uma das obras para a dita comemoração. São publicações comemorativas das revistas “O Cruzeiro” e “Manchete”; álbuns de figurinha; coleções de lenços de seda estampados com imagens de São Paulo; miniaturas e coleções de objetos de porcelana com imagens da comemoração dos 400 anos da cidade. Objetos curiosos foram selecionados para mostra como a bandeja com a pintura de Oscar Pereira da Silva com cenas da Fundação de São Paulo; o projeto de Marcos Concílio, que dentro de uma mala antiga reproduziu o símbolo do IV Centenário (2004) e ainda um original do “Álbum do IV Centenário da Fundação de São Paulo”, um presente da Colônia Japonesa à cidade editado com ilustrações coloridas, fotos em preto e branco (capa de couro, 79 páginas, em português-japonês).
A mostra também homenageia dois personagens da historia de São Paulo, Francisco Matarazzo Sobrinho, Presidente da comissão do IV Centenário e grande idealizador da Bienal Internacional de São Paulo, e Diretor do Museu de Arte Moderna, na sua origem, e o arquiteto Oscar Niemeyer autor do extraordinário projeto arquitetônico. Até 05 de dezembro
• A Arte Ancestral e Contemporânea do Benin – exposição em torno da produção artística e cultural do Benin que reforça a influência decisiva da nação africana sobre a formação histórica e civilizatória brasileira. Obras de artistas convidados participantes da mostra ‘O Benin está Vivo Ainda Lá” (2008), representantes de uma nova geração que optou pela arte contemporânea. E quando se pensa em arte contemporânea neste caso, se pensa também no sentido da ancestralidade. Entre os artistas estão Charles Codjo Placide Tossou (fotografia),Tchif (acrílica com pigmentos naturais), Aston (instalação), Ladis (giz sobre tela) e Dominique Antonin Zinkpè (pintura e escultura), entre outros. A exposição apresenta a África como um mosaico de etnias, culturas e línguas de imensa variedade. O Benin, com 110 mil quilômetros quadrados (menor que o estado do Acre), é habitado por 6,5 milhões de pessoas espalhados em 60 etnias e línguas. O país situa-se no Golfo de Benin, no oceano Atlântico. Até 21 de novembro
• Exposição “De Arthur Friedenriech a Edson Arantes do Nascimento. O Negro no Futebol Brasileiro” – Fotos, ilustrações, objetos e publicações de época retratam os grandes negros do futebol brasileiro. Leônidas, Garrincha, Pelé e Arthur Friedenreich, futebolista que brilhou entre as décadas de 20 e 30, quando o futebol era esporte amador estão entre os personagens importantes que figuram entre as caricaturas, imagens, entrevistas e reportagens da imprensa especializada que brilhavam nas páginas das revistas “O Cruzeiro”, “Manchete” e “Placar”. A exposição também homenageia o escritor e jornalista Mario Filho, autor do livro “O Negro no Futebol Brasileiro”. Mario Filho era irmão mais velho do cronista e dramaturgo Nelson Rodrigues. Textos de Nelson Rodrigues sobre o tema também podem ser vistos na mostra. Arthur Friedenreich, filho de um comerciante alemão e de uma lavadeira negra brasileira, nasceu no bairro da Luz em São Paulo, em 18 de julho de 1892 e morreu, em 1969, aos 77 anos. Até 21 de novembro.
• Exposição “O Haiti está vivo ainda lá. Bandeiras, Recortes e Garrafas consagradas ao Vodu - A mostra apresenta cerca de 300 obras inéditas da arte religiosa haitiana, retratando parte da tradição de um povo que viu seu país quase destruído com o terremoto que assolou a ilha, no início de 2010. Cores e magias são marcas das bandeiras de cetim, em cores vibrantes, bordadas com miçangas e lantejoulas, sobre desenhos e símbolos do culto Vodou, que pertencem ao médico Jacques Bartoli, um dos principais colecionadores da arte haitiana; recortes em folhas de metal, recuperadas dos tambores de óleo; além das místicas garrafas estampadas artesanalmente com diversos materiais. Durante a permanência da exposição serão realizadas mesas de debates, oficinas e mostra de filmes sobre arte e religiosidade do Haiti. O artista haitiano, Yves Télémaque , 55 anos, considerado um dos maiores artistas vivos de bandeiras do Haiti esteve no mês de julho no Brasil para ensinar ao público um pouco de sua arte. Haverá oficinas exclusivas para artistas interessados. Até 05 de dezembro.
• Tempos de Escravidão, Tempos de Abolição: Iconografias e Textos - A mostra revisita dois diferentes tempos, apresentando documentos históricos, fotografias de época, aquarelas, pinturas, publicações e esculturas de ícones negros abolicionistas. Primeiro, um tempo não definido, do começo da escravidão no Brasil e em outros países das Américas, mostrando as atrocidades desta instituição infame, através de narrativas de negros e sobre navios negreiros. São narrativas em célebres poesias como “O Navio Negreiro” de Castro Alves, que também inspirou Cassiano Ricardo e o poeta americano Langston Hughes e, também “O Escravo” de Joaquim Nabuco. Depois, os Tempos da Abolição, destacando grandes personagens da vida pública brasileira, envolvidos com o abolicionismo. O poeta Luiz Gama; o escritor, romancista e jornalista José do Patrocínio; Joaquim Nabuco; o engenheiro André Rebouças; o Antonio Bento, do Grupo Abolicionista “Os Caifazes” ; o poeta Castro Alves; o médico baiano, Luiz Anselmo da Fonseca, autor do livro “A Escravidão, o Clero e o Abolicionismo” (1887). Destaque para as mulheres nordestinas da Sociedade Abolicionista Feminina: Olegária Carneiro da Cunha, Maria Augusta Generoso Estrela e Carolina Ferraz. Até 21 de novembro
• São Paulo, Terra, Alma e Memória - a exposição apresenta três grandes panoramas fotográficos inéditos, com imagens de Theodor Preising e Valério Vieira; 24 postais de Guilherme Gaensly, publicações e homenagem a personalidades que marcaram época. As fotos retratam a São Paulo de 1912, com fotos de Theodor Preising,; de 1925, um panorama com seis fotos de parte da região central da cidade; e de 1930, um outro panorama da Coleção de Ruy de Souza e Silva. A mostra tem painéis que homenageiam a cantora Carmen Miranda, o abolicionista Luís Gama, o líder da Revolta da Chibata João Candido, o cartunista Ângelo Agostini e o compositor Adoniran Barbosa. A mostra apresenta ainda A Memória Editada da Imprensa Oficial do Estado de São Paulo uma homenagem à empresa gráfica defensora e propagadora da memória social, artística e cultural do Estado de São Paulo e do Brasil. Longa duração
• Formas e Pulos – O Saci no Imaginário - Símbolo de mestiçagem e resistência desde os tempos da Colônia e do Império, quando os negros enfrentavam os capitães do mato com golpes ágeis de capoeira, o Saci congrega a cultura multirracial que forma o povo brasileiro e plasma sua identidade, resgatando as representações de um duende genuinamente nacional em esculturas, objetos, publicações, gravuras e cartazes de diversos artistas, em suportes e técnicas variadas. Curador: Vladimir Sacchetta. Longa duração
Sobre o Museu Afro Brasil
O Museu Afro Brasil – Organização Social de Cultura, vinculado à Secretaria de Cultura do Governo do Estado de São Paulo, é um espaço de preservação e celebração da cultura, memória e da história do Brasil na perspectiva negro africana, assim como na difusão das artes clássicas e contemporâneas, populares e eruditas, nacionais e internacionais.
Localizado no Parque Ibirapuera, em São Paulo, foi inaugurado em 23 de outubro de 2004 e possui um acervo de mais de cinco mil obras. Parte das obras, cerca de duas mil, foram doadas pelo artista plástico e curador, Emanoel Araujo, idealizador e atual Diretor Curador do Museu. A biblioteca do museu, cujo nome homenageia a escritora, “Carolina Maria de Jesus”, possui cerca de 6.800 publicações com especial destaque em uma coleção de obras raras sobre o tema do Tráfico Atlântico e Abolição da Escravatura no Brasil, América Latina, Caribe e Estados Unidos. A presença negra africana nas artes, na vida cotidiana, na religiosidade, nas instituições sociais são temas presentes na biblioteca.
O museu mantém um sistema de visitação gratuita para todas as exposições e atividades que oferece; um Núcleo de Educação com profissionais que recebem grupos pré-agendados, instituições diversas, além de escolas públicas e particulares. Através do Núcleo de Educação também mantém o programa “Singular Plural: Educação Inclusiva e Acessibilidade”, atendendo exclusivamente pessoas com necessidades especiais e promovendo a interação deste público com as atividades oferecidas.



Diretor curador: Emanoel Araujo
Diretor executivo: Luiz Henrique Marcon Neves
Endereço: Av. Pedro Álvares Cabral, s/ nº
Parque Ibirapuera- Portão 10
São Paulo- SP - Brasil
CEP: 040094-050
Fone: 55 11 5579 0593
www.museuafrobrasil.org.br
Funcionamento: de terça a domingo, das 10 às 17 horas (permanência até às 18h)
Estacionamento: Portão 3 – Zona Azul
Entrada: Grátis
Para maiores informações: faleconosco@museuafrobrasil.org.br
Para agendar visitas: agendamento@museuafrobrasil.org.br ou
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Assessoria de Imprensa
Claudia Alexandre
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