O Museu Imperial entrou para o hall dos nominados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). Nesta quarta-feira, 1º, o museu recebeu a diplomação do Registro Nacional do Comitê do Programa Memória do Mundo pelo conjunto documental referente às viagens do imperador d. Pedro II pelo Brasil e pelo mundo. Outras oito instituições foram diplomadas pela Unesco e agora têm seus conjuntos documentais reconhecidos por sua relevância histórica e cultural. O evento foi realizado no Rio de Janeiro, na Ilha Fiscal, onde ocorreu, em 1889, o último baile real antes da Proclamação da República.
O próximo passo será o reconhecimento internacional do conjunto de documentos sobre as viagens do imperador. O Museu Imperial pretende candidatar-se ao registro internacional do comitê da Unesco, que ocorrerá em 2012. “Para isso queremos ampliar o conjunto documental e fazer parcerias com outras instituições no mundo que possam complementar o que já temos”, explica o diretor do Museu Imperial, Maurício Vicente Ferreira Júnior.
Ao todo, o conjunto de documentos sobre as viagens do imperador conta com 871 itens doados ao Museu Imperial em 1948 pelo príncipe d. Pedro Gastão de Orleans e Bragança. São 48 cadernetas (47 escritas por d.Pedro II e uma pela condessa de Barral) em que o monarca relata impressões, críticas, roteiros, relatórios de despesa, comentários, além de desenhos de próprio punho. O dossiê sobre as viagens de d. Pedro II foi preparado pela equipe coordenada pela historiadora e arquivista Neibe Cristina Machado da Costa, responsável pelo Arquivo Histórico do Museu Imperial.
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