sábado, 1 de janeiro de 2011

CALENDÁRIOS - o tempo medido e contado

Fiz uma pequisa superficial na WEB, sobre os calendários e selecionei alguns textos sobre como o homem histórico de várias culturas resolveu as suas questões com o tempo, com diversas finalidade inclusive, a organização social
bom proveito

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Calendário é um sistema para contagem e agrupamento de dias que visa atender, principalmente, às necessidades civis e religiosas de uma cultura. A palavra deriva do latim calendarium ou livro de registro, que por sua vez derivou de calendae, que indicava o primeiro dia de um mês romano. As unidades principais de agrupamento são o mês e o ano.
A palavra calendário é usada também para descrever o aparato físico (geralmente de papel) para o uso do sistema (por exemplo, calendário de mesa), e também um conjunto particular de eventos planejados.

Calendário gregoriano – 2011 – MMXI
Um ano trópico, também chamado ano das estações ou ainda ano solar, é o intervalo de tempo que o Sol leva a realizar uma volta aparente em torno da Terra (consequência da translação do planeta), partindo do primeiro ponto vernal, ou ponto Gama, e retornando a ele. Ou seja, é o período de translação da Terra.
O calendário se baseia no ano trópico, que tem uma duração de 365,2422 dias solares médios, ou 365d 5h 48m 46s. É por essa razão, duração ligeiramente maior do que 365 dias, que existe o ano bissexto.
O ponto Gama tem como oposto o ponto Libra e ambos situam-se sobre o equador celeste e sobre a eclíptica simultaneamente. São interligados pela linha dos equinócios que, por sua vez, é resultado da intersecção do plano do equador celeste com o plano da eclíptica (por essa razão os globos terrestres são sempre inclinados em relação ao tampo de qualquer mesa - que representa o plano da eclíptica). Em razão do movimento da precessão (que se realiza no sentido retrógrado), o plano do equador celeste realiza mudanças de posição, continuamente, no espaço ao longo do tempo fazendo com que a linha dos equinócios realize um giro completo (360º) em 25 800 anos!
Esse movimento da linha dos equinócios faz com que o ponto Gama gire no sentido retrógrado (contrário ao sentido direto) indo de encontro ao Sol, que no seu movimento aparente gira no sentido direto, determinando um ano um pouco mais curto que o do ano sideral, cuja duração é de 365,2563 dias solares médios, ou 365d 6h 9m 10s.

Ab urbe condita – 2764
Ab urbe condita (normalmente abreviado AUC ou a.u.c.) é uma expressão latina que significa 'desde a fundação da cidade'. Refere-se principalmente na numeração dos anos desde a fundação de Roma.

Calendário arménio – 1460
No Calendário armênio, as datas são marcadas pelas letras ԹՎ ou parecidas, costumeiramente com uma linha sobre as letras, indicando "t'vin" ("no ano") seguido por uma ou até quatro letras, cada uma significa um número baseado na ordem do alfabeto. Na Idade Média, os arménios usavam um calendário que começava no ano de 552 a.C, como o começo da era armênia. Para traduzir em anos comums, adicione 551 ao número.

Calendário chinês - 4707 – 4708
O calendário chinês (Chinês Xia Li (夏曆), Tradicional: 農曆, Chinês Simplificado : 农历, pinyin: nónglì) é o mais antigo registro cronológico de que se tem registro na história. É um calendário que se utiliza tanto do Sol quanto da Lua. A partir dele surgiu o horóscopo chinês. Na Ásia diversos países adotam calendários parecidos com o chinês.
O calendário chinês é lunissolar. Cada ano possui doze lunações acarretando em um total de 354 dias. Para não se perder a sincronia com o ciclo solar (de 365,25 dias), são acrescentados a cada oito anos noventa dias ao calendário, ou, aproximadamente duas lunações. Desta forma não se perde a sincronia nem com o ciclo solar, nem com o lunar. Por isso, considera-se que o calendário chinês é lunissolar.
Em 2010, estamos no ano 4708 do calendário chinês.

Calendário hebraico - 5771 – 5772
Calendário judaico ou Hebraico (do hebraico הלוח העברי) é o nome do calendário utilizado dentro do judaísmo para a determinação da data das festividades, dos serviços religiosos e de outros eventos da comunidade.
O calendário hebraico é um calendário do tipo lunar baseado nos ciclos da Lua, composto alternadamente por 12 ou 13 meses de período igual ao de uma lunação, de forma a que o primeiro dia de cada mês é sempre o primeiro dia de lua nova. Nos tempos bíblicos a determinação dos tempos era realizada pela observação direta de testemunhas designadas para este fim, método seguido pelos Caraítas até os dias de hoje, os quais determinam o primeiro mês do ano como Abib.
O método atual entre os judeus rabínicos no entanto é um calendário fixo criado devido à necessidade de um calendário permanente para comunidades que vivessem fora de Israel. Este calendário tem base lunar, mas ajusta-se pelo calendário solar (enquanto o Calendário antigo ajustava-se pela maturação da colheita) para a inclusão de um novo mês, além de determinar o início do ano no mês de Tishrei.

Calendários hindus

- Vikram Samvat - 2066 – 2067 - Shaka Samvat- 1933 – 1934 - - Kali Yuga5112 – 5113
Uma ilustração contanto o calendário Hindu do ano de 1871-72.
O termo calendário hindu é um pouco confuso, pois ele se refere a um conjunto de calendários regionais da Índia, que se comportam de formas distintas, assim como o calendário nacional indiano.
O governo da Índia adota um calendário nacional, o Calendário hindu, em 1957 para unificar os cerca de 30 calendários existentes no país, usados para determinar festas religiosas hinduístas, buditas, jainistas, islâmicas. Embora coincida com o gregoriano na contagem de dias e nos anos bissextos, o novo calendário conta o tempo a partir da Era Saka, que corresponde ao ano 79 da Era Cristã.

Calendário persa - 1389 – 1390
O calendário persa (também conhecido como calendário iraniano ou calendário Jalali) é um calendário solar utilizado no Irão (desde 1925), no Afeganistão (desde 1957) e em regiões vizinhas, particularmente em alguns países da Ásia Central e algumas regiões curdas da Mesopotâmia. Deriva do calendário zoroastriano da Pérsia pré-islâmica.
O calendário Jalali (em pársi: گاهشماری جلالی), antecessor do calendário iraniano, foi introduzido em 15 de março de 1079 pelo sultão seljuk Jalal al-Din Malik Shah I, baseado nas recomendações de uma comissão de astrônomos, incluindo Omar Khayyam, do observatório imperial da capital Isfahan. Os meses eram computados com base nos movimentos solares através do zodíaco, um sistema que integrava idéias do Surya Siddhanta, tratado de astronomia indiano, do século IV ou V). Mais tarde (1258), algumas idéias do calendário chinês também foram incorporadas. O calendário Jalali permaneceu em uso durante oito séculos.
O calendário iraniano é considerado mais preciso que o calendário gregoriano, já que no calendário gregoriano há um erro de 1 dia a cada 3320 anos, ao passo que, no calendário persa, há um erro de 1 dia a cada 3,8 milhões de anos. Além disso, o sistema de alternância de anos normais e anos bissextos do calendário persa é mais preciso do que o do calendário gregoriano. O ano persa inicia-se usualmente no dia 20 ou 21 de março, quando ocorre o equinócio vernal no hemisfério norte, precisamente determinado pelos observatórios astronômicos localizados em Teerão e Cabul.
O dia 1º de Janeiro de 2000 correspondeu ao 11 de Dej de 1378, pelo calendário iraniano.
Em 21 de março de 2010, começou o ano 1389 do calendário persa.

Calendário islâmico - 1432 – 1433
O calendário islâmico ou calendário hegírico é um calendário lunar composto por doze meses de 29 ou 30 dias com um total de cerca de 354 dias. A contagem do tempo deste calendário começa com a Hégira - a fuga de Maomé de Meca para Medina, em 16 de julho de 622. O mês começa quando o crescente lunar aparece pela primeira vez após o pôr-do-sol. Tem cerca de 11 dias a menos que o calendário solar.[1]
Este calendário não corrige o facto de o ano lunar não corresponder ao ano solar. Deste modo, os meses islâmicos retrocedem a cada ano que passa; eles mudam-se em relação ao Calendário Gregoriano. Uma vez que o calendário islâmico é cerca de 11 dias mais curto que o calendário solar, os feriados muçulmanos acabam por circular por todas as estações.

Calendário rúnico – 2261
O calendário rúnico era baseado nas runas desenvolvidas pelas antigas culturas nórdicas ou germânicas que habitavam as regiões da atual Alemanha e Escandinávia.
O início do ano, pelo calendário rúnico ocorria no dia 23 de Junho, representado pela runa Feob.

O Calendário egípcio é considerado um dos primeiros calendários conhecidos da história da humanidade e está ligado com a sua ocupação nas margens do rio Nilo. Imagina-se que a razão dos egípcios em criar o calendário deva-se à necessidade de se preparar à época de plantio. Desde o paleolítico, período que abrange o uso da primeira pedra lascada, há 10 milhões de anos atrás até o início do Neolítico, cerca de 10 mil anos atrás, se observa a presença do homem no entorno do rio Nilo, no Egipto.
Acredita-se que inicialmente o egípcios utilizavam o calendário lunar que está associado com a revolução sinódica da Lua e que dura 29,5 dias. O ano lunar, para os egípcios era composto de 12 aparições da Lua, perfazendo 354 dias. Uma das razões para se acreditar nesta hipótese está relacionada com a própria palavra Mês, ou em inglês, "Month" e que está associado com a palavra Lua, em inglês "Moon".
Iniciou a contagem do tempo com a construção das Pirâmides de Gizé sob a constelação de Orion na conjução Sol/Terra - Sirius/Canopus na Via Láctea. O calendário egípcio é conhecido desde o Terceiro Milênio a.C. e tem início com a enchente anual do rio Nilo. O ano é composto de 365 dias, divididos em 12 meses de exatos 30 dias, acrescentando-se 5 dias extras ao final para comemorar o aniversário dos deuses Osíris, Horus, Ísis, Neftis e Set.
O calendário solar é utilizado primeiramente no Egito, mas ressalte-se aqui que os 12 meses de 30 dias cada são baseados na lua. O ano tem 365 dias, mas as 6 horas a menos do ano solar representam um atraso de um dia a cada quatro anos.
O calendário egípcio foi estudado e reconhecido pelos astrônomos gregos, tendo se tornado o calendário base da astronomia por muito tempo.

O Calendário Asteca, também conhecido como Pedra do Sol, é o calendário utilizado pelos astecas, povo que habitou a região do México até meados do século XVI. Este calendário era baseado no ano solar, assim possuindo 365 dias. O calendário asteca possui semelhanças com o calendario de fhufuim
Reconstituição do calendário asteca com suas possíveis cores originais

O calendário maia é um sistema de calendários e almanaques distintos, usados pela civilização maia da Mesoamérica pré-colombiana, e por algumas comunidades maias modernas dos planaltos da Guatemala.
Estes calendários podem ser sincronizados e interligados, suas combinações dando origem a ciclos adicionais mais extensos. Os fundamentos dos calendários maias baseiam-se em um sistema que era de uso comum na região, datando pelo menos do século VI a.C.. Tem muitos aspectos em comum com calendários empregados por outras civilizações mesoamericanas anteriores, como os zapotecas e olmecas, e algumas civilizações suas contemporâneas ou posteriores, como o dos mixtecas e o dos astecas. Apesar de o calendário mesoamericano não ter sido criado pelos maias, as extensões e refinamentos por eles efetuados foram os mais sofisticados. Junto com os dos astecas, os calendários maias são os melhores documentados e compreendidos.
Pela tradição da mitologia maia, como está documentado nos registros colonais iucatecas e reconstruído de inscrições do Clássico Tardio e Pós-clássico, a deidade Itzamna é frequentemente creditada como tendo levado o conhecimento do sistema de calendários aos maias ancestrais, junto com a escrita em geral e outros aspectos fundacionais da cultura maia.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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