segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Museu Chácara do Céu (RJ) inicia projeto Circuitos de Santa

O setor educativo do Museu da Chácara do Céu/Ibram, que integra os Museus Castro Maya (RJ), inaugurou neste mês de outubro, o Projeto Circuitos de Santa. Trata-se de uma ação voltada à educação patrimonial e valorização da comunidade de Santa Teresa, onde visitantes e membros da comunidade realizam visitas mediadas pelas ruas do bairro, conhecendo e sendo incentivados a valorizar o patrimônio histórico e cultural local.

No dia 8 de outubro, os educadores do museu receberam o projeto Periferias em Cena, com um grupo de integrantes de uma ONG sediada no Complexo do Alemão. Já no dia 20, dois grupos de jovens da comunidade realizam atividades na Biblioteca Municipal de Santa Teresa.
As visitas são realizadas mediante agendamento, pelo endereço eletrônico comunicacao@museuscastromaya.gov.br ou pelo telefone (21) 3970.1198.

A casa de Santa Teresa, conhecida desde 1876 como Chácara do Céu, foi herdada por Castro Maya em 1936. A construção atual, projetada em 1954 pelo arquiteto Wladimir Alves de Souza, destaca-se pela modernidade das soluções arquitetônicas e por sua localização, que integra os jardins e permite magnífica vista de 360 graus sobre a cidade e a baía da Guanabara.

De acordo com a filosofia que norteia os Museus Castro Maya a programação do Museu da Chácara do Céu se orienta, basicamente, por 3 vertentes:
1 - promover a difusão do acervo propondo diferentes recortes temáticos e conceituais de leituras para as obras de arte, dando ao público a possibilidade de conhecê-las sob diversos ângulos; 2 - dar continuidade ou retomar projetos iniciados por Castro Maya, como Os Amigos da Gravura; e 3 - possibilitar o diálogo do nosso acervo com outras coleções particulares ou institucionais, através do projeto de exposições Encontro de Colecionadores, que já recebeu as coleções particulares de José Mindlin, Sergio Fadel, a de Murilo Mendes, pertencente à Universidade Federal de Juiz de Fora, e a de João Sattamini, comodante MAC-Niterói.

Além dessas linhas de ação e buscando revelar as diversas facetas da personalidade múltipla de Castro Maya, foi criada a série editorial que se iniciou com "Castro Maya Anfitrião" e seguiu-se com o "Bibliófilo" e o "Colecionador de Debret e de Portinari".

No Museu da Chácara do Céu encontra-se a coleção de arte européia - que reúne pinturas, desenhos e gravuras de artistas consagrados como Matisse, Modigliani, Degas, Seurat, Miró; a coleção de arte brasileira, formada principalmente por trabalhos de artistas modernos, entre eles Guignard, Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Antonio Bandeira, além de importante conjunto de obras de Portinari, hoje considerado o maior acervo público desse artista; a coleção de Brasiliana, uma das mais expressivas, inclui mapas dos séculos XVII e XVIII, pinturas a óleo, aquarelas, guaches, desenhos e gravuras de viajantes do século XIX, como Rugendas, Chamberlain e Taunay, destacando-se os mais de 500 originais de Jean-Baptiste Debret, adquiridos em Paris, em 1939 e 1940; e a Biblioteca Castro Maya, com cerca de oito mil títulos entre livros de arte, literatura brasileira e européia, principalmente francesa, e também algumas das mais importantes publicações dos primeiros viajantes do século XIX: Maria Graham, Maximilian von Wied-Neuwied, Henry Chamberlain, William Gore Ouseley e Victor Frond.

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